Work in Progress
Não é um termo próprio do teatro, nem mesmo das artes.
Está em inglês, ganha méritos de “termo“, mas, literalmente, significa: “Trabalho em Andamento“, não acabado.
O porque de se manter em inglês é um debate chato que não vou pôr aqui; a gente aceita, mas lembra que não gosta, pois temos palavras no nosso vocabulário que expressam a mesma ideia.
O Trabalho em Andamento ou Work in progress é o que diz ser. Não precisamos fazer estudos históricos sobre nada pra entender a ideia. Com a diferença de que, aplicado às artes, ele está inacabado, em andamento, pois é assim que ele é. Não se conclui, pois essa é a sua natureza; ele se cria e recria pelo que falta nele.
Imagine uma obra de arte feita por peças moveis, como um painel. cada pessoa que contemplar o painel deve mudar uma peça de lugar. Esse painel estará sempre em andamento, representado um momento e a soma de momentos até aquele instante. Se ele for guardado, retirado de exibição, será guardado num estágio que não o final. Pois não se concluiu, não tinha o que concluir.
Para exemplificar, vamos utilizar a proposta Pós-dramática apresentada em “O Teatro Pós Dramático“.
Se os realizadores atualizarem o texto aquele texto, a cada apresentação, adicionando, reorganizando ou substituindo o texto primeiro com os registros de áudio da plateia, nós teríamos um trabalho em andamento. A cada apresentação ele anda, ele mostra um resultado do que foi a última apresentação e continua a partir dali.
Esse é apenas um exemplo simples, entre infinitas possibilidades de criação.
Se tiver interesse em criar um texto ou espetáculo nos moldes do “Work in Progress” leia o livro do Renato Cohen. A melhor literatura sobre o assunto que conheço em português.
Aprenda mais sobre esse tema. Visite a Biblioteca do Teatro